Nem sempre a saída é o próprio negócio

Antes se aventurar na abertura de qualquer negócio é preciso uma análise bastante criteriosa sobre alguns pontos essenciais, que nem todos consideram.

Eduardo Ferraz

Uma onda de empreendedorismo tem tomado conta do Brasil nos últimos anos. São principalmente jovens que anseiam, por meio de um negócio próprio, fazer o que realmente gostam, não ter chefe, contar com horário de trabalho flexível e, por fim, alcançar independência financeira. Segundo dados do SEBRAE, atualmente existem 8,7 milhões de empreendedores no Brasil.
Entretanto, antes se aventurar na abertura de qualquer negócio é preciso uma análise bastante criteriosa sobre alguns pontos essenciais, que nem todos consideram. O primeiro deles é ter perfil para empreender, já que nem todo mundo tem personalidade para administrar um negócio próprio.
O que isso quer dizer na prática? Que a pessoa precisa terjogo de cintura para trabalhar com uma estrutura mínima, que aceite correr riscos, que seja multitarefas (vai ter que comprar, vender, produzir e fazer ajustes constantes) e principalmente, muita perseverança. Ou seja, características de personalidade que ajudarão muito no sucesso do negócio.
Além disso, é preciso fazer um planejamento detalhado para compensar a falta de experiência no ramo que vai atuar. A falha mais comum é o excesso de improviso, já que muitos empreendedores confiam demais em sua intuição e atuam na base da tentativa e erro olhando apenas o curto prazo. Outro erro é misturar as finanças particulares com as despesas do dia a dia da empresa. É fundamental ter contas bancárias separadas, definir uma retirada mensal fixa e ter disciplina para não usar o caixa da empresa para fins pessoais.
Será fundamental, também, manter o foco, pois é comum que depois de alguns meses a empresa comece a atuar em áreas que não têm absolutamente nada a ver com o negócio original. Isso acaba dividindo a atenção e prejudicando a melhoria do principal serviço ou produto da empresa.
Por fim, é preciso paciência e dedicação, já que ter um negócio próprio exige, principalmente no começo, trabalho dobrado e pouca sobra de dinheiro. A conclusão é que para ter seu próprio negócio, além de fazer o que se gosta e ter talento é preciso muita perseverança, bom senso e principalmente determinação.
Link: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/nem-sempre-a-saida-e-o-proprio-negocio/77553/Fonte: Administradores

Empresário dá cinco dicas para fazer decolar o seu negócio

Carlos Alberto Sicupira, um dos mais bem-sucedidos empresários do Brasil, ensina os segredos que aplica na gestão de suas empresas ao redor do mundo

Erik Farina

Um dos homens mais ricos do Brasil, cuja habilidade tem ajudado a reerguer empresas ao redor do mundo ao longo de anos, Carlos Alberto Sicupira ainda acorda todos os dias pensando como empresário pequeno. Diz que precisa trabalhar mais que os concorrentes para tomar-lhes mercado, e que a bancarrota de qualquer companhia começa pela soberba.
— A grande empresa é decadente, a pequena é um ótimo negócio — prega Sicupira.
O discurso modesto nem parece vir do homem que divide com Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles o controle da belga-brasileira AB InBev, conglomerado que responde por pelo menos 20% do mercado mundial de cerveja, incluindo marcas como Budweiser, Corona, Stella Artois, Skol, Antarctica e Brahma.
Dono de uma fortuna estimada em R$ 16,8 bilhões, conquistada com a compra e a venda de mais de 130 companhias, Sicupira brindou um grupo de profissionais do setor de investimentos com dicas de empreendedorismo e gestão, no último final de semana em Atibaia (SP), durante a Expert 2014, evento da XP Investimentos, em uma rara aparição pública para falar da carreira.
Parceria de sucesso
Destaque nos rankings de bilionários, tanto no Brasil quanto no mundo, Carlos Alberto da Veiga Sicupira, ou simplesmente Beto Sicupira, 66 anos, construiu uma trajetória de sucesso junto aos sócios Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.
Nas mãos do trio de brasileiros, estão negócios como a cervejaria AB InBev, a rede de fast-food Burger King, a fabricante de condimentos Heinz e as varejistas Americanas e B2W (Americanas.com e Submarino).
Em 2004, miraram no mercado americano e fundaram o 3G Capital, fundo para aqui­sições de empresas nos Estados Unidos e que deu origem aos negócios com o Burger King e a Heinz.
Há pouco mais de 20 anos, o trio criou a Fundação Estudar, que já concedeu cerca de 500 bolsas de estudo para jovens brasileiros. No programa, foram investidos US$ 7 milhões.
Veja as cinco dicas de Sicupira:
1) Ser grande, pensar pequeno
O sonho de todo empresário é ter um grande negócio, mas a estratégia deve ser pensar como pequeno. Isso significa enfrentar desperdícios — mesmo que sejam de centavos —, preocupar-se mesmo com os menores dos problemas, estar próximo dos funcionários e, sim, perder algumas noites de sono quando necessário.
— Hoje, vivemos de pegar negócios grandes e transformar em pequenos — diz Sicupira sobre o trabalho que realiza juntamente com os dois sócios na 3G Capital.
2) Um passo atrás vale a pena
A carreira de Sicupira começou a decolar quando deixou de lado o cargo que tinha na corretora Garantia, no início da década de 80, para assumir a presidência da recém adquirida Lojas Americanas, ganhando 10 vezes menos. Lá, ajudou a reerguer a varejista e viu de perto como funciona o varejo, ganhando bagagem para os desafios que viriam no futuro.
— Empreender é ser levado pela aspiração de um sonho — resume o empresário.
3) Apostar na prata da casa
É preciso oferecer oportunidades aos funcionários e ajudá-los a alcançar os objetivos. Foi assim quando Sicupira promoveu um executivo de 32 anos à presidência da Heinz.
— O risco de trazer alguém de fora é sempre maior. É preciso buscar as melhores pessoas e dar a elas tarefas que não estejam prontas para assumir, desafiando-as a se superarem.
4) Aprender e copiar
Um empreendedor deve se preocupar em aprender e procurar estratégias e modelos que podem ser replicados. Quando deixa de devorar novas informações, deve partir para um novo desafio.
— Em um negócio, você aprende 80% do que precisa nos dois primeiros anos, e os outros 20% em 20 anos — afirma Sicupira.
E, quando descobrir uma forma eficiente de fazer negócios, não deve se constranger em copiar e replicar o modelo de sucesso.
5) Saber se reerguer
Em 2008, o futuro da 3G Capital esteve à beira do precipício depois de, por meio da InBev, ter pago US$ 52 bilhões pela americana Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser. Resistindo à pressão para sair do negócio, os sócios cortaram custos de outros empreendimentos e reduziram pela metade o tamanho do escritório no Rio de Janeiro. Sicupira conta que, assim, conseguiram o capital necessário para manter a empresa:
— É importante ter a tentação de desistir e saber seguir em frente.
Link: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/economia/noticia/2014/05/empresario-da-cinco-dicas-para-fazer-decolar-o-seu-negocio-4503936.htmlFonte: Diário Catarinense

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